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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Implante para deficientes auditivos virou programa municipal

Atibaia.com
Atibaia - SP, 03/01/2011

O fornecimento de implantes cocleares pela prefeitura de Atibaia agora é institucional

da Assessoria de Imprensa
O atual presidente da Câmara de Atibaia, o vereador Wanderley Silva de Souza, comemorou esta semana a inserção do programa que dá atendimento ao deficiente auditivo, e que inclui cirurgia de implante coclear, no quadro de serviços permanentes oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde. O projeto, implantado em Atibaia no final do ano passado, recebeu subsídios da Prefeitura para sua realização durante todo o ano de 2010 e, a partir de 2011, será institucionalizado programa municipal.
"O que começou há um ano como um projeto piloto torna-se, a partir de agora, um programa municipal contínuo e efetivo. Estou muito feliz por isso", comemorou o vereador. "É mais uma conquista, fruto do nosso trabalho em 2010, e com apoio total do prefeito Dr. Denig. Assim que as festividades de final de ano forem encerradas e a profissional responsável pelo projeto retornar de seu merecido descanso, retomaremos as atividades", afirmou.
Em 2009, um grupo de pais procurou o vereador. "Eram pais, assim como tantos outros que hoje são atendidos pelo projeto, que possuem filhos com problemas auditivos mas não têm condições financeiras de arcar com os custos de um tratamento como esse", explica Wanderley. A partir daí, o vereador intermediou, junto com a fonoaudióloga Ana Lúcia Aguirre - coordenadora do programa - reuniões com a Prefeitura para viabilizar o projeto. "Busquei o apoio do prefeito Dr. Denig, que foi receptivo e abraçou o projeto."
O programa inclui atendimentos em fonoaudiologia para os pacientes, e, quando necessário, encaminhamento para a realização de implante coclear - que é realizado na cidade de Bauru, uma das pioneiras na implantação da tecnologia no Brasil. "Atibaia não realiza esse tipo de cirurgia", explica Ana Lúcia.
Segundo a fonoaudióloga, o implante é indicado para perdas auditivas neurossensoriais bilaterais severas e profundas, tanto para as congênitas (pré-linguais) quanto para as adquiridas (pós-linguais), onde o uso do AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual) não tem um resultado satisfatório. "É uma técnica para os pacientes que apresentam perdas auditivas por muito tempo e, por isso, não desenvolveram a fala", ressalta.
Em alguns casos, a criança é implantada ainda com oito meses de vida. "Por isso, o teste da orelhinha, realizado logo nos seis primeiros meses, é tão importante. Nesta etapa, os pais não conseguem identificar sozinhos a existência do problema, que se for precocemente diagnosticado, através dos testes realizados por uma equipe técnica, a criança passa a ser acompanhada e será avaliada a possibilidade do implante", explica a Dra. Ana.
O teste da orelhinha é realizado na própria maternidade e consiste na inserção de um microfone no conduto auditivo do bebê, emitindo um som que chega à cóclea (parte interna do ouvido, responsável pela audição), que emite outro som como resposta. Sem essa tecnologia, a surdez é detectada somente entre o primeiro e o quarto ano de vida, prejudicando, até então, a capacidade de comunicação da criança.
No atendimento particular, três sessões semanais de fonoaudiologia custam em torno de R$ 600,00. Hoje, o valor de uma cirurgia de implante coclear é alto - aproximadamente R$ 80.000,00 - já que todo o equipamento é importado. Nos grandes centros urbanos, os pacientes podem fazer a cirurgia através do SUS (Sistema Único de Saúde), mas a indicação tem que partir de um profissional de Fonoaudiologia, que também acompanha o caso e trata o paciente após a cirurgia. "Vale lembrar que, antes do projeto, alguns pacientes perderam a cirurgia por não terem um fonoaudiólogo responsável", conta a coordenadora.
"É um projeto de grande importância para a cidade, para a saúde integral da população e inserção do deficiente auditivo na sociedade. A comunicação é fundamental para essas crianças e jovens, portadores dessa deficiência, como forma de participar mais ativamente e se integrar integralmente na sociedade", ressalta o vereador Prof. Wanderley.
Para fazer parte do programa, os interessados devem procurar a Secretaria Municipal da Saúde, que fica na rua Bruno Sargiani, nº 100, no Pq. Jerônimo de Camargo. Telefone: (011) 4414-2220.

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