G1
São Paulo - SP, 28/03/2011
São Paulo - SP, 28/03/2011
Mais de três mil candidatos estão esperando uma vaga, para ser voluntário em uma organização não governamental de São Paulo. Não basta querer ser voluntário, o candidato precisa enfrentar entrevistas e até fazer provas
da RedaçãoO trabalho voluntário está cada dia mais concorrido. Em única ONG de São Paulo, quase quatro mil candidatos estão numa lista de espera.
Hoje, não basta vontade. Para ser candidatar a uma vaga a pessoa precisa passar por provas, cumprir horários e até formação na área que vai trabalhar.
Maria Cristina lê em voz alta para que a deficiente visual confira se o texto em braile está correto.
A bancária aposentada é voluntária na ONG Dorina Nowill ajudando na revisão de livros para cegos. Maria Cristina precisa ficar quatros horas por semana na ONG.
“É saber se a transcrição do livro em tinta está exatamente correto, ou seja, pontuação, grafia”, explica Maria Cristina Quintino de Araújo, voluntária.
Para ser voluntário na fundação é preciso mais do que boa vontade. “Saber explicar para mim, se for uma figura, explicar como está em tinta e ter paciência com leitura”, conta Maria Helena Pereira Da Silva Araújo, revisora de livro em braile.
Livros e revistas são gravados em cd por profissionais contratados. O mesmo trabalho pode ser feito por voluntários em casa e no computador.
Susi conta que de 40 candidatos inscritos, apenas oito passam no processo seletivo. Poucos continuam. “Vem que não tem tempo, vem que não era exatamente o que elas estavam pensando e comprometimento realmente de continuar a leitura acaba se perdendo um pouco”, revela Susi Maluf, da Fundação Dorina Nowill.
O que é preciso para ser um voluntário? Na maioria das ONGs, a pessoa tem que ter no mínimo 18 anos; dedicar um número de horas que a ONG estipular; não pode faltar e é preciso ter compromisso.
Algumas ONGs exigem formação na área que o voluntário vai atuar. Outras oferecem treinamentos.
Três mil e 500 pessoas estão na lista de espera para fazer parte do programa doutores cidadãos, mas antes de se caracterizar e levar alegria a hospitais e asilos, os interessados precisam passar por um treinamento intenso e por um processo de seleção rigoroso.
Só é aceito o voluntário que conseguir realizar 12 tarefas. Abraçar quem você não conhece é um dos passos. É preciso ainda doar sangue, pesquisar sobre o trabalho dos políticos em quem você votou e arrecadar material para doação.
O método serve para selecionar os candidatos e ao mesmo tempo permitir que eles exercitem o voluntariado enquanto aguardam por uma vaga no curso de formação.
“Nós fazemos o possível para que ele se torne um voluntário. Não importa se é conosco, com outro. Isso não é problema. Não é o mais importante. O mais importante é essa pessoa se conscientizar de que o trabalho voluntário pode mudar o mundo”, explica Roberto Ravagnani, da ONG Canto Cidadão.
O operador de bolsa de valores Marcelo foi aprovado e percorre os hospitais distribuindo bom humor. “Estamos sempre presos no nosso mundo. Aí quando você vem ao hospital, ver que tem pessoas necessidades, passando dificuldades. É muito gratificante pode levar um pouquinho de alegria para essas pessoas”, diz Marcelo Oya, voluntário.
Mais informações:
Dorina Nowill
http://www.fundacaodorina.org.br
http://www.fundacaodorina.org.br
ONG Canto Cidadão
http://www.cantocidadao.org.br
http://www.cantocidadao.org.br
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