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terça-feira, 29 de março de 2011

ONGs de São Paulo fazem processo seletivo para escolher os voluntários

G1
São Paulo - SP, 28/03/2011

Mais de três mil candidatos estão esperando uma vaga, para ser voluntário em uma organização não governamental de São Paulo. Não basta querer ser voluntário, o candidato precisa enfrentar entrevistas e até fazer provas

da Redação
O trabalho voluntário está cada dia mais concorrido. Em única ONG de São Paulo, quase quatro mil candidatos estão numa lista de espera.

Hoje, não basta vontade. Para ser candidatar a uma vaga a pessoa precisa passar por provas, cumprir horários e até formação na área que vai trabalhar.

Maria Cristina lê em voz alta para que a deficiente visual confira se o texto em braile está correto.

A bancária aposentada é voluntária na ONG Dorina Nowill ajudando na revisão de livros para cegos. Maria Cristina precisa ficar quatros horas por semana na ONG.

“É saber se a transcrição do livro em tinta está exatamente correto, ou seja, pontuação, grafia”, explica Maria Cristina Quintino de Araújo, voluntária.

Para ser voluntário na fundação é preciso mais do que boa vontade. “Saber explicar para mim, se for uma figura, explicar como está em tinta e ter paciência com leitura”, conta Maria Helena Pereira Da Silva Araújo, revisora de livro em braile.

Livros e revistas são gravados em cd por profissionais contratados. O mesmo trabalho pode ser feito por voluntários em casa e no computador.

Susi conta que de 40 candidatos inscritos, apenas oito passam no processo seletivo. Poucos continuam. “Vem que não tem tempo, vem que não era exatamente o que elas estavam pensando e comprometimento realmente de continuar a leitura acaba se perdendo um pouco”, revela Susi Maluf, da Fundação Dorina Nowill.

O que é preciso para ser um voluntário? Na maioria das ONGs, a pessoa tem que ter no mínimo 18 anos; dedicar um número de horas que a ONG estipular; não pode faltar e é preciso ter compromisso.

Algumas ONGs exigem formação na área que o voluntário vai atuar. Outras oferecem treinamentos.

Três mil e 500 pessoas estão na lista de espera para fazer parte do programa doutores cidadãos, mas antes de se caracterizar e levar alegria a hospitais e asilos, os interessados precisam passar por um treinamento intenso e por um processo de seleção rigoroso.

Só é aceito o voluntário que conseguir realizar 12 tarefas. Abraçar quem você não conhece é um dos passos. É preciso ainda doar sangue, pesquisar sobre o trabalho dos políticos em quem você votou e arrecadar material para doação.

O método serve para selecionar os candidatos e ao mesmo tempo permitir que eles exercitem o voluntariado enquanto aguardam por uma vaga no curso de formação.

“Nós fazemos o possível para que ele se torne um voluntário. Não importa se é conosco, com outro. Isso não é problema. Não é o mais importante. O mais importante é essa pessoa se conscientizar de que o trabalho voluntário pode mudar o mundo”, explica Roberto Ravagnani, da ONG Canto Cidadão.

O operador de bolsa de valores Marcelo foi aprovado e percorre os hospitais distribuindo bom humor. “Estamos sempre presos no nosso mundo. Aí quando você vem ao hospital, ver que tem pessoas necessidades, passando dificuldades. É muito gratificante pode levar um pouquinho de alegria para essas pessoas”, diz Marcelo Oya, voluntário.

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